PF faz apreensão na casa de delegado que comandou a "OPERAÇÃO SATIAGRAHA"
06/11/2008 - Tribuna do Norte São Paulo (AE) - Mentor da Operação Satiagraha, missão federal que investiga o sócio-fundador do Banco Opportunity, Daniel Dantas, num suposto esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e fraudes fiscais, o delegado Protógenes Queiroz tornou-se ontem alvo da Polícia Federal (PF), que integra há nove anos.
06/11/2008 - Tribuna do Norte São Paulo (AE) - Mentor da Operação Satiagraha, missão federal que investiga o sócio-fundador do Banco Opportunity, Daniel Dantas, num suposto esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e fraudes fiscais, o delegado Protógenes Queiroz tornou-se ontem alvo da Polícia Federal (PF), que integra há nove anos.
Pouco depois das 6 horas, Protógenes foi abruptamente despertado por uma equipe de agentes e delegados federais, munidos de mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo.Os policiais vasculharam o apartamento 2.508, no 25º andar do Shelton Hotel, na Avenida Cásper Líbero, centro da capital paulista - endereço que Protógenes, que reside em Brasília, ocupa quando se desloca para a cidade.
Os federais levaram o computador pessoal do delegado, que prendeu Dantas no dia 9 de julho, deflagrando a polêmica Satiagraha. Também foram recolhidos o rádio e o celular de Protógenes.Outras equipes da PF, simultaneamente, fizeram blitz em outros dois endereços de Protógenes, em Brasília e no Rio, onde mora o filho dele Felipe, de 21 anos. Também nesses locais foram recolhidos pertences e equipamentos do delegado, alvo de inquérito que investiga o vazamento de informações sigilosas da operação que ele próprio criou para esmiuçar a vida e as atividades empresariais de Dantas.
O inquérito, presidido pelo delegado Amaro Lucena, corregedor da PF, apura ainda suspeita de grampos telefônicos ilegais. Além de Protógenes, são investigados agentes de sua equipe que também sofreram busca e apreensão por ordem judicial. A devassa nos endereços de Protógenes foi requisitada, formalmente, pela PF, mas o procurador da República Roberto Diana se manifestou contra a inspeção e a apreensão de bens do delegado.No fim da tarde, bastante chocado, Protógenes dirigiu-se à sede da Procuradoria da República, disposto a obter mais informações sobre os motivos pelos quais é investigado.
O cunhado dele, o advogado Fernando Alfonso Garcia, declarou que Protógenes se indignou muito com a busca realizada na casa onde mora o filho, no Rio.No inquérito Satiagraha, Protógenes havia denunciado o “vazamento criminoso” da investigação - segundo ele, a divulgação de dados sobre o caso alertou Dantas e outros investigados, como o especulador Naji Nahas e o ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000).
Quando a operação foi deflagrada, em julho, Protógenes acusou superiores de boicotar a Satiagraha ao não liberar contingente suficiente de homens para realizar as operações.
FONTE: TRIBUNA DO NORTE SÃO PAULO
3 comentários:
Meu grande e promissor jurista:
Os tempos mudaram muito! Não se faz mais Polícia como
antigamente...Essa garotada que entra na Polícia, seja qual for, pensa
que é o dono da cocada branca... Não medem as consequência. Querem
prender todo mundo, iludem o MP e o Juiz com fantasiosas situações e
solicitam, com fracas argumentações probatórias, busca e apreensões,
prisões etc.., alardeando através da mídia que prenderam grandes
criminosos e vai por aí...
E depois, Zé? Quando prendem para depois investigar, e mesmo assim,
nada encontram de meios probatórios para estender ou converter os
respectivos mandados de prisão temporária em preventiva, abraçam os
respectivos inquéritos e postergam seus resultados, e se encaminharem
a Justiça, para a devida fase processual, serão consequentemente, tais
procedimentos ardilosos, descobertos e anulados.
O policiais de antigamente, alguns ainda na ativa, atuavam com mais
cautela, na representação de sua instituições, quando sempre pautavam
suas ações dentro da Lei. Lembro-me que faziam a valiosa "Campana" a
utilização de "rede de informantes", entre tantas outras iniciativas
que davam certo, visando o sucesso de eventuais flagrantes e prisões,
com o recolhimento de provas cabais e convincentes, a formar os
devidos procedimentos do inquérito, consequentemente, os judiciais
também. " Antigamente o Agente ficava a serviço do Estado, acatando
sua normas e princípios (com fases de excessões dos períodos de
ditadura política) ; Hoje, Vemos os Agentes transgredindo essas normas
e princípios em nome de pretensos idealismos e falsos moralismos"
prestando desta forma um desserviço ao estado e a sociedade.
Fora da Lei, acaba-se com o Estado de Direito de uma Nação, acaba-se
com o Direito pré-constituído, que delimita as ações dos seus agentes
e seus mandatários.
O pior dessas histórias todas, é que o requisito básico e primordial
de um cidadão serão sua privacidade e sua presunção de inocência,
devassada e lamentavelmente de difícil recuperação.
Poderíamos falar sobre este assunto, dias intermináveis, pois a todo
momento surgem exemplos e mais exemplos, dando margem a essas
críticas.
O que posso dizer,"É QUE DEVEMOS LAMENTAR MUITO E ACREDITARMOS QUE
NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO PONHA ORDEM NA CASA DE NOCA"
Um grande abraço do seu amigo,
JOÃO HENRIQUE CAMPOS CARDOSO, Advogado
Algo de muito estranho está acontecendo na Polícia Federal, ela estará servindo a quantos senhores?
É um absurdo, uma invasão de privacidade. É escandalo e uma vergonha que a polícia federal faça uma operação e imediatamente coloque em xeque tudo que foi realizado. Onde nós estamos????
Onde começa toda essa barbaridade???
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