quinta-feira, 12 de abril de 2012

OPERAÇÃO MONTE CARLO - ATÉ VOCÊ PROTÓGENES!

O deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B/SP) foi flagrado em conversas suspeitas com acusado de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. Nas escutas telefônicas da operação monte carlo, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de tráfico de influência do bicheiro Carlinhos Cachoeira, o deputado e delegado licenciado da Polícia Federal dá instruções ao araponga Idalberto Matias Araújo, conhecido como Dadá, sargento da Aeronáutica que trabalhou com Queiroz na operação Satiagraha. Os arquivos de áudio foram disponibilizadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.




Chamado de professor por Dadá, Protógenes dá orientação supostamente sobre como agir em depoimento, marca encontros a caminho do aeroporto e em hotel. Em uma das conversas, na qual o araponga liga para ele, o deputado explica sua ausência no hotel em que era aguardado. “Tive que vir para um encontro da Comissão de Constituição e Justiça e estou na Câmara [dos Deputados]”, diz ele, antes de marcar o encontro para 13h.



Quando conduziu a operação satiagraha, que investigou o banqueiro Daniel Dantas, o então delegado Protógenes contestou afirmações de a prática de grampo estava desenfreada e que o país vivia em estado policial permanente. Nos três diálogos, que vieram a público nesta quarta-feira (11/4), no entanto, ambos conversam sem mencionar assuntos ou nomes de pessoas, fazendo apenas referências, demonstrando temerem a escuta de terceiros. As gravações mostram que o deputado e o araponga evitam conversar, marcando sempre encontros presenciais.



Na época da operação satiagraha, foi Dadá quem apresentou o então delegado ao agente aposentado do antigo SNI Francisco Ambrósio do Nascimento. Nascimento foi contratado diretamente como investigador particular por Protógenes, que teria pago pelos serviços com dinheiro público.



Documentos mostram que o delegado licenciado pagou R$ 1,5 mil por serviços terceirizados em favor do "analista de dados" Francisco Ambrósio do Nascimento. O ex-agente do SNI foi apontado como coordenador do esquema de espionagem montado pelo então delegado. Ao fim da operação Satiagraha, Dadá foi indiciado por ter supostamente levado informações sigilosas para casa.



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